"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!"
Mais uma vez se repetiu a dor, a ansiedade...e choraram mães e noivas, como no poema.O país esteve alerta, consternado, talvez rezando intimamente por aqueles rudes homens do mar, desaparecidos na sua faina - ganha - pão. Lá bem no fundo...talvez uma resteazinha de esperança.
Depois, depois a explosão de emoções, quando correu a notícia: foram avistados! Palavras não descrevem os sentimentos daquelas gentes, familiares, amigos, autarcas, todo o mundo em regozijo. Quanta felicidade! As imagens enchem os olhos e os corações, muito mais que as anteriores, postas em foco pela comunicação social...talvez exageradamente...não guardando o desejado pudor no respeito pela dor alheia, digo eu...com algum receio que me achem ...insensível? demasiado sensível? Não sei. Cada um reage a seu jeito... Reagindo, ainda a propósito, pergunto-me: e os salvadores? não teriam merecido um maior destaque...louvores públicos, oficiais...um agradecimento...? Bem que sei que se limitaram a cumprir o seu dever, a executar com eficiência as tarefas para as quais receberam a devida preparação... Mas eles também arriscam a vida... têm o seu brio, sentem...e é gratificante para qualquer um acolher reconhecimento , ainda que seja por se cumprir bem o que nos cabe...
"Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"!
Que vivam os valentes e os heróis!
Já depois de ter registado este "reparo", ouvi na tv o Presidente da República salientar a importância das Forças Amadas, e a sua eficiência em actuações como o salvamento destes pescadores. A "balança" ficou, assim, mais próxima do equilíbrio...Ainda bem.
Em tempo: acabo de ouvir na tvi o entrevistado do Prof. Marcelo. Finalmente: um Comandante da Marinha deixa bem clara a importância da actuação dos elementos das Forças Armadas no salvamento destes homens do mar - razões para ,eles e nós, nos sentirmos orgulhosos.