"cantarei" o que a vida me oferecer... bichos...efemérides...alegrias...raivas(!) e o que mais adiante se verá!

02
Mai 12

Gostava de ser capaz de pôr ordem no turbilhão de ideias que me invade.

Já passaram semanas, mas o assunto continua a vir à baila, nas conversas, nos jornais, na boca do povo e na de "opinion makers", em jornais, respeitáveis ou não...Quem sou eu, portanto, para "dar palpite"? Pois...sou de fóra, já não sou...jovem, já vi alguma coisa do mundo, convivo com algumas pessoas ligadas às artes, ao urbanismo, à recuperação de... enfim , basta de justificações. Vamos ao caso. A pergunta é:

 

                                                        "Varandim" no Toural...sim...ou...não?

 

Quando há mudança, reforma, remodelação...diferença... há sempre um grupo de resistentes, de "autores de obras feitas", de "espírito de contradição"...ou...de fanáticos apoiantes. Por mim, pus-me a pergunta: gosto? não gosto?...Pois não fui capaz de dar resposta. Decididamente, não poderia dizer "não gosto". Mas também me é difícil responder , " a seco", "gosto, gosto muito!". Então, como explicar-me a mim própria?

 

Só encontro uma forma, talvez difícil de aceitar por muita gente: tenho de olhar para o caso como para uma obra de arte, como produto da criação de alguém que não é " comum mortal". Olhar...como se olhasse para um quadro...de Gauguin, um prédio de Gaudi... uma escultura de   Rodin...um desenho de Picasso ou de Dali - eles que me perdoem o atrevimento! Mas, caso não gostasse de alguma das suas obras...não me passaria pela cabeça exigir que a retirassem da avenida, do museu ou da catedral... No máximo, expressaria  agrado... ou desagrado...ou  asssim-assim...

 

Por outro lado... a arte não "serve para"...É arte. Ponto. Esta discussão vem de longe e a conclusão parece óbvia. Por conseguinte, exigir, ou apenas sugerir, que "o varandim" seja, de imediato, retirado do Toural, porque não serve para nada...parece-me uma enorme falta de respeito pelos criadores, pelas instituições "pagantes", pelos trabalhadores executantes...por aqueles que ...até gostam , ou que estão dispostos a "habituar-se", a procurar compreeender a opção do outro...

 

Se bem percebi, a ideia é que o varandim "sublinhe" o desenho no chão...lhe sirva como miradouro... Isto eu tenho dificuldade em acompanhar...mas aceito que outros o possam fazer.

Também ouvi dizer que se pretendia, com o varandim, deixar uma marca, um sinal palpável, concreto, duradouro... que servisse de testemunho para futuro da riqueza que este ano de 2012 representou para a cidade e suas gentes. Que, quando alguém perguntasse " o que faz aqui esta grade?", se pudesse responder "Ah, lembra aquele ano fabuloso em que a nossa cidade se "vestiu de lavado" para acolher as mais variadas manifestações artísticas, os visitantes, a participação integrada de representantes das comunidades locais nas celebrações...toda a animação que levou a cidade às bocas do mundo..."

 

O varandim não estorva ninguém. Divide um espaço, deixando um passeio largo para quem se desloca, e o restante largo para os que ali param, admirando as belíssimas fachadas, fotografando, reunindo para clamar vitória ou para bradar por justiça, para realizar jogos (a batalha de almofadas foi um exemplo), para fazer discursos defendendo ordeiramente pontos de vista (como em Hyde Park Corner...), para espectáculos de rua...para uma serenata, por que não? (menina estás à janela)...tudo o que a imaginação possa lobrigar....

 

Aceitam-se sugestões!

E o varandim que fique. E que seja estimado.

 

Terei "arrumado" as minhas ideias?...

 

 

publicado por mfssantos às 14:17

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